Ele comprou um HD achando que era novo, mas ao conectar o dispositivo, encontrou 800 GB de dados avaliados em milhares de euros

Casos como esse mostram como até mesmo compras de produtos “novos” na internet podem esconder golpes sofisticados, fraudes técnicas e riscos à segurança digital.

HD com malware. Imagem: Iyus sugiharto Unsplash
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência, gamer desde os 6 e criadora de comunidades desde os tempos do fã-clube da Beyoncé. Hoje, lidero uma rede gigante de mulheres apaixonadas por e-Sports. Amo escrever, pesquisar, criar narrativas que fazem sentido e perguntar “por quê?” até achar uma resposta boa (ou abrir mais perguntas ainda).

Um internauta achou que tinha feito um ótimo negócio ao comprar um HD supostamente novo. Mas, para sua surpresa, o dispositivo já vinha com 800 GB de dados armazenados — incluindo softwares profissionais de produção musical. O caso reacende o debate sobre a confiabilidade dos vendedores online e os riscos envolvidos nesse tipo de compra.

HD “novo” revela 800 GB em softwares musicais avaliados em milhares de euros

Um usuário do Reddit, conhecido pelo apelido All-Seeing_Hands, compartilhou recentemente uma situação inusitada após comprar um SSD de 1 TB que deveria ser novo. Para sua surpresa, ao conectar o dispositivo ao computador, ele descobriu que o HD já vinha com cerca de 800 GB de dados armazenados — a maioria composta por softwares de produção musical de alto valor.

Softwares caríssimos, teorias estranhas e um alerta: o risco de comprar HDs online

Entre os programas encontrados no HD estavam o Kontakt, avaliado em cerca de 299 dólares, e o Reaktor, que custa em torno de 199 dólares, mais ou menos R$660,00. Ambos são amplamente usados por profissionais da música, o que só aumentou o mistério em torno do suposto disco “novo”.

Diversas hipóteses surgiram nos comentários da postagem no Reddit. Alguns usuários sugeriram que o caso poderia se tratar de um produto devolvido por outro cliente, mas que o vendedor não teria feito a formatação adequada antes de revender.

Outros levantaram a possibilidade de que os arquivos fossem versões piratas, exigindo chaves de ativação — ou seja, provavelmente inutilizáveis sem uma licença válida.

E houve ainda quem apostasse numa estratégia maliciosa: o HD teria sido carregado propositalmente com softwares para atrair o usuário a instalá-los, correndo o risco de infectar seu computador com vírus ou malwares.

Original

Comprar HD pela internet exige cuidado

O caso serve de alerta para quem compra discos rígidos ou SSDs online. Especialistas recomendam sempre formatar o dispositivo assim que ele chegar, mesmo que venha lacrado, e desconfiar de preços muito abaixo da média. Além disso, é importante adquirir o produto em lojas confiáveis ou com boa reputação em marketplaces — reduzindo o risco de receber um item usado, manipulado ou comprometido.

O caso acende o alerta sobre os riscos de comprar hardware “novo” pela internet

O episódio chamou a atenção para os riscos reais de comprar equipamentos de informática online, mesmo quando anunciados como novos. Não é raro que discos rígidos supostamente lacrados venham com dados antigos, o que levanta dúvidas sobre a procedência do produto e as práticas adotadas por alguns vendedores.

Há casos em que golpistas usam técnicas avançadas para vender HDs usados como se fossem novos. Uma das fraudes mais comuns envolve a manipulação dos registros SMART e FARM — sistemas que armazenam informações técnicas sobre o uso e o estado do disco.

Ao alterar esses dados, é possível apagar os sinais de desgaste e fazer com que o produto pareça novo, enganando consumidores que não têm como identificar o golpe. Essa prática tem sido especialmente relatada em modelos da marca Seagate.

Outras situações revelam ainda golpes mais explícitos

Já houve casos em que consumidores compraram HDs online e descobriram que o produto era uma farsa completa: um usuário relatou que pagou apenas 10 dólares por um “HD de 2 TB”, mas ao abrir o dispositivo percebeu que se tratava apenas de uma carcaça vazia, sem nenhum componente funcional — um truque para enganar os mais desavisados.

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