Álex Palou fez de novo. Com o terceiro lugar em Portland, o piloto espanhol garantiu o tetracampeonato da IndyCar. É o terceiro título consecutivo e veio com duas corridas de antecedência. Pode parecer comum para quem acompanha a Fórmula 1, mas nos Estados Unidos é um feito enorme.
Com o quarto título, voltou a surgir a pergunta de sempre: por que Palou não vai para a Fórmula 1? Há duas possíveis respostas. A primeira é que nenhum time com chances reais de resultado parece querer contratá-lo. A segunda é que, nos Estados Unidos, ele ainda tem muito a conquistar.
Palou está a três títulos de se tornar o maior da história da IndyCar. Dizer que ele fez de novo é pouco. O que o espanhol alcançou em 2025 foge à lógica. Sim, ele é campeão pelo terceiro ano seguido, quarto no total, mas fez isso com domínio absoluto: oito vitórias, incluindo as cobiçadas 500 Milhas de Indianápolis, e com duas corridas de antecedência.
Na Fórmula 1, ver alguém ganhar três mundiais seguidos, vencer quase todas as corridas do ano e definir o título antes do fim da temporada é algo relativamente comum. Na IndyCar, não. Palou é o primeiro a conquistar três títulos consecutivos desde Dario Franchitti, entre 2009 e 2011.
Antes de 2025, só em três ocasiões o campeonato havia sido decidido antes da penúltima corrida, a última delas em 2007 com Sébastien Bourdais.
E sabe quantos pilotos, antes de Palou, venceram oito corridas em uma mesma temporada? Apenas nove. O recorde é de dez vitórias, dividido entre A.J. Foyt e Al Unser. Palou ainda tem duas chances neste ano.

E é justamente aí que está a resposta para por que Palou não tenta a sorte na Fórmula 1. Sim, provavelmente, se aparecesse uma vaga em uma equipe sólida e competitiva — digamos, o segundo assento da Red Bull — ele pensaria no assunto. Mas para entrar na F1 em um projeto mediano, Palou ainda tem muito para conquistar nos Estados Unidos.
Com apenas 28 anos, já venceu a IndyCar quatro vezes. Na história, só dois pilotos têm mais títulos: Scott Dixon, com seis, e A.J. Foyt, com sete. Mantendo o desempenho e a vantagem sobre sua geração, é bem possível que Palou supere essa marca e se torne a maior lenda do automobilismo norte-americano.
Todos nós gostamos muito de Fernando Alonso e Carlos Sainz, mas o que Palou vem provando é que existe vida além da Fórmula 1.
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