As cartas de Pokémon não são apenas um passatempo para alguns colecionadores. Para Mitch William Gross, de 34 anos, elas viraram o centro de um caso de fraude que foi parar na Justiça americana.
Morador de Iowa, ele usou os cartões corporativos da Ruan Transportation Corporation para bancar suas compras compulsivas.
Condenado em 15 de agosto, Mitch terá que cumprir quatro meses de prisão, devolver cerca de R$ 733 mil e ainda passará três anos em liberdade vigiada.
Pokémon, Ouro e Prata
Entre setembro de 2021 e outubro de 2022, Gross desviou os cartões bancários da empresa, que deveriam ser usados para despesas da Ruan, gigante americana do setor de transporte e logística.
Na prática, ele usava os valores para comprar gift cards, videogames e principalmente cartas de Pokémon para colecionar.
Para tentar disfarçar, ele apresentava notas fiscais falsas e fraudava a natureza das compras. Segundo os promotores do caso, Gross “deliberadamente adulterou” os gastos para dificultar a detecção.
Mas o golpe não durou muito. Assim que o alerta foi dado, o caso foi assumido pelo FBI e pela polícia local. A investigação confirmou a dimensão da fraude e o caráter premeditado da ação. As autoridades federais reforçaram que, no sistema penal dos Estados Unidos, não existe liberdade condicional em nível federal. Ou seja, o treinador mirim vai cumprir a pena na íntegra.
A Team Rocket da vida real
Se o caso parece inusitado, ele revela os exageros de um mercado que se tornou altamente lucrativo. As cartas de Pokémon, dependendo da raridade e do estado de conservação, podem atingir valores altíssimos em leilões, o que desperta a cobiça e leva alguns colecionadores a cruzar a linha do crime.
Mais cedo este ano, um executivo de Singapura foi destaque na mídia depois de aplicar um golpe de cerca de R$ 2,5 milhões no próprio CEO para comprar cartas, iPads e fazer viagens de luxo.
As cartas também têm gerado outros tipos de exagero, como o desperdício de comida durante a promoção McDonald’s x Pokémon no Japão.
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