Ciência diz: para ser mais feliz, você precisa acordar nesta exata hora

De acordo com diversos estudos em cronobiologia, escolher o horário em que se acorda é essencial para melhorar a felicidade e o bem-estar. Neste artigo, revisaremos algumas dicas importantes para gerenciar melhor o sono. Como você verá, os japoneses estão bem à frente do resto do mundo nesse quesito!

Por que o horário em que você acorda tem um impacto tão grande na sua felicidade?
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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

O horário de acordar é frequentemente considerado trivial. Quando falamos em dormir bem, tendemos a nos referir apenas à hora de dormir. No entanto, o momento em que abrimos os olhos está intimamente ligado ao nosso equilíbrio físico e mental. De acordo com um estudo científico publicado na revista Chronobiology International, adaptar o sono aos ciclos naturais do sol é particularmente benéfico. De fato, acordar cedo, idealmente ao amanhecer, não só melhoraria significativamente a qualidade do sono, como também aumentaria a produção de endorfinas, os famosos hormônios da felicidade. E vai além: esses ajustes cronobiológicos podem até mesmo prolongar nossa expectativa de vida.

Essa constatação científica está alinhada com os hábitos observados no Japão. O país, conhecido por seus cidadãos com vidas particularmente longas, adota um ritmo sazonal preciso: acordar por volta das 7h no inverno e entre 5h e 6h no verão. Esse ritmo promove a sincronização com a luz natural, essencial para o equilíbrio hormonal e emocional.

Sono fracionado em algumas famílias japonesas: uma dica muito negligenciada!

Inspirar-se nas práticas japonesas pode ser benéfico para melhorar a vida diária. No Japão, as manhãs geralmente começam com atividades suaves e meditativas, como ioga, meditação, leitura ou caligrafia. Essas práticas matinais relaxantes permitem cultivar uma serenidade interior duradoura, além de oferecer uma espécie de câmara de descompressão antes de enfrentar o dia. Dessa forma, os japoneses evitam o estresse matinal comum em muitos ocidentais, frequentemente causado por acordar tarde e correr contra o relógio.

Alguns japoneses também adotam o sono fracionado, uma particularidade destacada por Caroline Rome, especialista em sono, em seu livro Le Sommeil Retrouvé. Ela descreve uma noite típica japonesa: primeiro, dorme-se das 21h à meia-noite, depois acorda-se para meditar ou praticar atividades relaxantes, seguido por uma segunda fase de sono das 2h às 5h. Apesar da duração total relativamente curta (cerca de 6 horas), esse método proporcionaria um sono particularmente reparador, suficiente para manter disposição ao longo do dia.

Como adotar gradualmente um ritmo de sono benéfico?

No entanto, adaptar o ritmo de sono exige certo rigor. Especialistas recomendam uma abordagem gradual para garantir uma transição suave:

  • Adiar gradualmente o horário de dormir: ao mudar o horário habitual em 10 a 15 minutos por noite, é possível alcançar mais facilmente um ritmo ideal, sem esforço excessivo.
  • Evitar telas pelo menos uma hora antes de dormir: a luz prejudica consideravelmente a produção de melatonina, hormônio essencial para adormecer.
  • Incorporar atividades relaxantes antes de dormir: ler, praticar uma atividade artística tranquila ou meditar favorecem o relaxamento e preparam o corpo naturalmente para o sono.

É claro que cada pessoa tem seu próprio relógio biológico, chamado cronotipo. Identificá-lo pode ser extremamente útil para adaptar a rotina. Algumas pessoas se sentem naturalmente bem ao acordar às 6h; outras, preferem um horário mais tardio, sem afetar sua felicidade ou eficiência. Portanto, é importante estar atento às próprias sensações e não tentar impor um ritmo que vá contra o equilíbrio natural do corpo.

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