Embora as dúvidas sobre até que ponto a guerra na Ucrânia pode ser mantida com base em drones tenham aumentado nas últimas semanas, o ocorrido na madrugada de 15 de setembro elevou os alertas. O comandante Robert "Madyar" Brovdi confirmou que sua rede caiu em toda a linha de combate.
A culpa foi do que foi chamado de “esqueleto do exército ucraniano”, uma rede de operações, inteligência e controle de drones que, sem rede terrestre, depende dos sistemas Starlink de Elon Musk para funcionar. O que nos EUA significaria deixar milhares de pessoas sem internet, no caso da Ucrânia, é perder um elemento, segundo o comandante, “crucial para nossas operações”.
É a segunda vez que a Ucrânia enfrenta esse problema
Embora se desconheça a causa da interrupção, a falha obrigou o país a suspender os voos de várias unidades de drones até que a conexão fosse restabelecida, o que demonstrou ser um perigoso calcanhar de Aquiles para as operações da Ucrânia, sobre o qual especialistas já alertavam há algum tempo. A realidade é que depender de um único fornecedor é perigosamente arriscado.
O problema é que não é a primeira vez que algo semelhante acontece. Em 2022, Elon Musk bloqueou a Starlink na Crimeia com um apagão deliberado, impedindo um ataque de drones de longo alcance. Segundo o executivo, permitir essa conexão teria transformado a SpaceX, empresa-mãe da Starlink, em cúmplice de um ato de guerra.
Embora algumas unidades tenham conseguido permanecer no ar usando comunicações por rádio ou outros sistemas de comunicação, cortes como os ocorridos em casos como este evidenciam o quão vulneráveis os ciberataques russos tornam o front. No entanto, na falta de alternativas melhores, países próximos como a Polônia lembram que a SpaceX e seu sistema Starlink “demonstraram ser um fornecedor pouco confiável”.
Imagem | Flickr
Este texto foi traduzido/adaptado do site 3D Juegos.
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