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Previsão feita por Stephen Hawking há 50 anos acaba de acontecer em 2025

Colisão de buracos negros confirma previsão feita por Hawking

Stephen Hawking sentado. Créditos: banco de imagens
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Laura Vieira

Redatora
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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Stephen Hawking, um dos físicos mais brilhantes e renomados do século 20, além de escrever livros que popularizaram a ciência, deixou também teorias ousadas sobre o funcionamento do Universo. Uma dessas ideias, formulada ainda em 1971, acaba de ser confirmada de forma inédita e publicada na revista Physical Review Letters. Trata-se da comprovação de que a área de um buraco negro nunca diminui após uma fusão, apenas cresce. A confirmação veio em 2025, quando um consórcio internacional de cientistas (LIGO-Virgo-KAGRA) detectou um sinal gravitacional batizado de GW250114, considerado o mais nítido já registrado desde o início das observações em 2015.

Teorema da área: entenda mais sobre teoria que virou realidade

Por mais de 50 anos, o chamado Teorema da Área de Stephen Hawking permaneceu como uma das previsões mais ousadas da física. Mas o que é o Teorema da Área? É uma teoria que afirma que a área do horizonte de um buraco negro não poderia diminuir com o tempo. Em 2025, após todos esses anos, essa hipótese ganhou confirmação definitiva com a detecção do evento GW250114, uma colisão cósmica que deixou rastros nas ondas gravitacionais e permitiu aos cientistas provar que Stephen Hawking estava certo.

O fenômeno observado correspondeu à fusão de dois buracos negros gigantes, cada um com cerca de 30 vezes a massa do Sol, localizados a mais de um bilhão de anos-luz da Terra. Do choque surgiu um único buraco negro ainda maior, girando a 100 rotações por segundo. Graças aos avanços tecnológicos nos detectores, foi possível calcular com exatidão a área dos horizontes de eventos. O resultado não deixou dúvidas: o buraco negro final tinha uma área maior do que a soma das áreas originais, exatamente como previa Stephen em 1971.

Descoberta representa um marco para a ciência

A confirmação da ideia proposta por Stephen em 1971 é uma vitória para a física e aproxima os cientistas de resolver um dos maiores enigmas da ciência: como conciliar as leis da relatividade geral, que descrevem o cosmos em grande escala, com a mecânica quântica, que estuda o comportamento da matéria e da luz em escalas atómicas e subatómicas. Além disso, os dados do estudo reforçam outra previsão importante, a de que buracos negros podem ser descritos apenas por dois números, massa e rotação, defendido pelo matemático Roy Kerr. 


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