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China está planejando seu futuro em três dimensões. É por isso que vai incluir disciplina de IA nas escolas

  • Pequim lançou plano que integrará o ensino de inteligência artificial nas escolas

  • No momento, as horas dedicadas são poucas: um mínimo de oito por ano, mas é possível que o número aumente

Imagem | David Wooo
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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

Os estudantes chineses estão prestes a aprender inteligência artificial. Não por si mesmos (o que também é verdade), mas como parte do programa educacional. Pequim anunciou o lançamento de uma iniciativa que será dedicada especificamente à formação de crianças do ensino fundamental, médio e superior nessa área.

Oito horas de IA por ano

De acordo com o comunicado oficial, "A partir do semestre de outono de 2025, todas as escolas primárias e secundárias de Pequim oferecerão educação geral em inteligência artificial, com um mínimo de oito horas letivas por ano. Os cursos podem ser independentes ou integrados a disciplinas como tecnologia da informação, ciências e atividades práticas. Serão adotadas abordagens de ensino inovadoras, incluindo o uso de assistentes de inteligência artificial, aprendizagem baseada em projetos e cenários interativos."

Parece pouco, mas pode ser apenas o começo

A verdade é que oito horas dedicadas à IA parecem poucas em um curso inteiro, mas é um mínimo que, naturalmente, pode aumentar. Além disso, o comunicado indica que "será estabelecido um mecanismo de colaboração entre universidades, empresas e escolas secundárias para formar alunos com talento excepcional em inteligência artificial".

Treinamento para professores

É claro que os professores precisarão ser capazes de ministrar essas aulas e, por esse motivo, em Pequim, "professores de diferentes disciplinas, como ciência da computação, matemática e tecnologia, serão treinados para ensinar educação em IA".

Impulso para a educação

O fenômeno DeepSeek parece ter dado asas a iniciativas que visam vencer a corrida da IA. As escolas poderão lançar esses cursos como disciplina adicional ou como parte de outras disciplinas relacionadas à tecnologia.

IA em todos os lugares

Como aponta a Bloomberg, essa iniciativa faz parte do esforço do governo chinês para que a IA se infiltre em vários setores. Na semana passada, por exemplo, o congresso governamental apoiou a aplicação de modelos de linguagem de grande porte e o desenvolvimento de uma nova geração de equipamentos de manufatura com IA integrada.

Estônia já tomou medida semelhante

Outros países já anunciaram iniciativas nesse sentido. A Estônia se tornou o primeiro país do mundo a integrar o serviço ChatGPT.edu em seu sistema nacional de educação. A partir de 1º de setembro de 2025, 20 mil alunos do ensino médio e 3 mil professores terão acesso gratuito a essas ferramentas. Será interessante ver se outros países tomarão medidas semelhantes.

Imagem | David Wooo

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