Fabrício Mainenti
RedatorPara rivalizar com a Apple em praticamente todos os aspectos que almeja, a Xiaomi decidiu pular a série 16 e lançar diretamente o Xiaomi 17, 17 Pro e 17 Pro Max. A empresa chinesa quer competir de igual para igual com a Apple no segmento premium e decidiu que a melhor maneira de fazer isso é primeiro igualar a nomenclatura do iPhone 17. Os riscos são altos, e a gigante chinesa quer ir com tudo com sua nova família de dispositivos.
Até no nome
O presidente da Xiaomi, Lu Weibing, confirmou no Weibo que "como a nova linha representa um salto geracional tão significativo, não fazia sentido chamá-la de 16". Ele também admitiu abertamente que a decisão de pular uma geração se deve ao desejo de posicionar seus novos flagships ao lado do iPhone 17.
"A Apple ainda se destaca, mas estamos muito confiantes de que podemos enfrentar o desafio com produtos da mesma geração", garantiu Weibing.
Especificações promissoras
De acordo com as informações disponíveis até o momento, espera-se que todos os três modelos sejam equipados com o novíssimo chipset Snapdragon 8 Elite Gen 5 da Qualcomm, o que tornaria a Xiaomi a primeira fabricante a estrear este processador. Vazamentos também sugerem que os modelos padrão e Pro contarão com telas OLED de 6,3 polegadas com resolução 2K e bordas ultrafinas, enquanto o Pro Max terá telas de 6,8 polegadas.
Quanto à bateria, especula-se que ela terá 7.000 mAh para o modelo básico, 6.300 mAh para o Pro (com carregamento sem fio) e até 7.500 mAh para o Pro Max. No entanto, teremos que aguardar o anúncio oficial para ver todos esses recursos promissores em primeira mão.
Um compromisso com o segmento premium
Esta não é uma decisão improvisada. A Xiaomi vem perseguindo uma estratégia há cerca de cinco anos para transformar sua linha principal em dispositivos totalmente premium, investindo pesadamente em P&D para competir com o iPhone. Como relata a Bloomberg, no primeiro semestre de 2024, as vendas da Xiaomi no segmento premium (aparelhos acima de US$ 600 - ou R$ 3.180) cresceram 55%.
"10% das remessas de smartphones da Xiaomi na China ultrapassaram US$ 600 no primeiro semestre de 2024, em comparação com praticamente nada em 2019", observa o analista da IDC Bryan Ma.
Um momento estratégico
O lançamento acontecerá este mês, antes do cronograma habitual da empresa. Como destacado pelo veículo, a Apple atualmente controla 62% das vendas no segmento premium, segundo a Counterpoint Research, mas a Xiaomi tem uma oportunidade na China, onde o atraso do iPhone Air pode abrir uma janela. O fundador Lei Jun foi claro: ele quer que sua empresa seja "medida em relação aos smartphones da Apple", que são considerados referência para grande parte do mercado.
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