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60% dos brasileiros trocam de celular depois de dois anos

Mercado recommerce de celulares no Brasil está crescendo e o consumidor está ficando mais criterioso

Celular apoiado em mostruário. Créditos: banco de imagens
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Laura Vieira

Redatora
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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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A compra de celulares é um mercado dinâmico e com alta demanda por produtos com preços acessíveis. Uma pesquisa realizada pela Trocafone, empresa brasileira que compra e vende smartphones seminovos, traçou o perfil do novo consumidor brasileiro de celular e descobriu que 60% dos brasileiros trocam de celular a cada dois anos. Além disso, o estudo também revelou dados sobre comportamento, conectividade, critérios de compra, sustentabilidade e as marcas preferidas nesse mercado. A seguir, confira as principais descobertas sobre o novo perfil dos consumidores de celular.

Recommerce de celulares é um mercado que só cresce

A compra de celulares usados no Brasil está deixando de ser uma necessidade e passando a ser uma escolha consciente e estratégica. De acordo com uma pesquisa realizada pela Trocafone, feita com mais de 92 mil pessoas, o mercado de compra de celulares usados só tem crescido no Brasil. Em um dos painéis do Mobile World Congress (MWC), o maior evento de conectividade do mundo, realizado de 3 a 6 de março de 2025,  líderes de fintech e e-commerce avaliaram que o setor de recommerce de celulares, ou comércio de revenda, deverá atingir US$ 1,24 trilhão globalmente até 2035. Ou seja, é um mercado com tendência de crescimento e que transforma os padrões de consumo. A economia e a sustentabilidade são os principais fatores que motivam a decisão dos consumidores pela compra de celulares usados.

Apesar do crescimento do mercado de recommerce de celulares no mundo todo, e da sustentabilidade ser considerado um dos principais fatores, apenas 29% dos participantes da pesquisa mencionaram preocupação ambiental como um fator relevante na decisão de comprar um aparelho usado. Segundo o relatório Global E‑Waste Monitor 2024, o mundo gerou cerca de 62 milhões de toneladas de lixo eletrônico em 2022, um aumento de 82% em relação a 2010. A maior parte é descartada de forma inadequada, agravando os impactos ambientais.

Brasileiros trocam de aparelho celular a cada dois anos

A pesquisa realizada pela Trocafone demonstrou que os celulares estão sendo comprados em um intervalo de tempo cada vez menor. Dentre os entrevistados, 60% trocam de aparelho entre 2 e 3 anos, enquanto 17% trocam em até 12 meses. Isso só reforça o quanto esse mercado é ágil. A pesquisa também demonstrou que os consumidores estão mais exigentes e atentos a economia, segurança e confiabilidade das plataformas. Para Flávio Peres, CEO da Trocafone, o comportamento mais criterioso do consumidor e o aumento da confiança em plataformas especializadas mostram que o mercado de celulares usados passa por uma transformação relevante.

“Esse cenário reflete a maturação do mercado de seminovos no país, antes estigmatizado e agora cada vez mais associado à praticidade, economia e segurança. O celular usado deixou de ser tabu e passou a ser uma escolha inteligente, que entrega economia, segurança e impacto positivo. E isso é um avanço importante”, afirma.

Como é o perfil do consumidor brasileiro de celulares seminovos?

A pesquisa realizada pela Trocafone também avaliou qual é o novo perfil do consumidor brasileiros de celulares usados. De acordo com ele, 75% são homens entre 30 e 44 anos, com renda de até R$4 mil. A maioria vive na região Sudeste (64%) e utiliza o celular para trabalho, estudo, lazer e consumo de conteúdo. Em termos de escolaridade, metade dos entrevistados possui até o ensino superior completo. Além disso, em relação às marcas preferidas por esses consumidores, a Samsung lidera com mais de 60% da preferência, seguida por Apple e Motorola.

Esses consumidores também são mais criteriosos em suas compras. De acordo com a pesquisa, 88% pesquisam no Google antes de adquirir um produto ou serviços, mais da metade utiliza parcelamento no cartão de crédito e  65% optam por planos pré-pagos ou controle, indicando maior racionalidade no consumo.

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