Há mais de 30 anos, a Volkswagen tem uma parceria com a fabricante chinesa FAW. A estratégia era clara: desenvolver e produzir modelos exclusivos para a China, feitos sob medida para seu mercado e sem intenção de vendê-los em outros países. Mas os tempos mudaram e, hoje, os alemães acreditam que chegou a hora de começar a exportá-los para outros cantos do mundo.
Assim, os modelos “made in China” da Volkswagen deixarão de ser exclusivos da China. A marca alemã começará a vender carros como Magotan e Sagitar (semelhantes ao Passat e ao Jetta) em alguns mercados do Oriente Médio. Também abrirá as fronteiras para a Jetta, a linha inteira de baixo custo lançada junto à FAW em 2019, que não deve ser confundida com o modelo Jetta da Volkswagen. Os Jetta VA3 e VS5 (semelhantes ao Vento e ao Taos) serão destinados à Ásia Central.
Há algum Volkswagen da China planejado para o México? Por enquanto, não. A estratégia de produto que tem dado melhores resultados à Volkswagen no México é combinar produção nacional com modelos fabricados no Brasil, Índia, Estados Unidos e Alemanha.

Dessa forma, a curto prazo, não haverá modelos da Volkswagen fabricados na China para o México. No entanto, essa porta não está totalmente fechada. Se a Volkswagen quiser vender carros elétricos a preços competitivos no México para competir com BYD, JAC e outras marcas, a China pode ser um aliado interessante, especialmente considerando que o grupo alemão lançará 30 modelos elétricos em território chinês nos próximos quatro anos.
Cada vez mais marcas estão aproveitando suas alianças com a China ao redor do mundo. Os modelos mais vendidos da Chevrolet no México, Ford e Dodge, vêm de fabricantes chineses; alguns BMW e MINI são fabricados na China, embora tenham sido desenvolvidos na Alemanha; a CUPRA produz o Tavascan em território chinês, e os exemplos não param por aí. Resta ver se os Volkswagens da China chegarão além do Oriente Médio e da Ásia Central.
Este texto foi traduzido/adaptado do site Motorpasión.
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