Parece meme, mas é real: a França batiza o primeiro foguete lançado a partir de suas fronteiras como “Baguette One”

Missão vai decolar no ano que vem do centro de testes de mísseis de Biscarrosse

Baguette One / imagem: HyPrSpace
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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No ano que vem, o foguete francês Baguette One irá decolar no sul da França.

Não é uma piada. É o nome real da próxima aposta do New Space europeu. E é algo bem sério: a empresa francesa HyPrSpace acabou de fechar um acordo para lançar um experimento a bordo, confirmando que o lançamento será realizado a partir da França continental — algo inédito no setor civil.

Tradicionalmente, a França lança suas missões a partir do Porto Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. No entanto, o Baguette One vai decolar da Europa. O foguete suborbital, com cerca de 10 metros de altura (ligeiramente mais baixo que o Miura 1), vai decolar do centro de testes de mísseis de Biscarrosse, no departamento de Landes, graças a um acordo com a Direção-Geral de Armamento francesa.

O pequeno foguete não voará vazio. A HyPrSpace assinou um acordo com a ATMOS Space Cargo para lançar uma missão de demonstração. A empresa alemã de logística espacial aproveitará o voo suborbital para testar sua cápsula de reentrada Phoenix-2.

A startup francesa HyPrSpace, sediada em Bordeaux, está desenvolvendo o Baguette One como uma etapa prévia para validar as tecnologias de seu futuro foguete comercial Orbital Baguette One. O projeto acaba de concluir uma rodada de financiamento de 21 milhões de euros provenientes de fundos privados. Eles se somam aos 35 milhões que a HyPrSpace havia garantido do plano público France 2030.

Orbital Baguette One

O OB-1 virá depois do Baguette One, com um primeiro lançamento previsto para o final de 2027. Esse microlançador promete colocar entre 200 e 250 kg em órbita, tendo os preços baixos como principal atrativo.

Em vez de utilizar motores de combustível líquido ou sólido puros, a HyPrSpace (abreviação de Hybrid Propulsion for Space) usará uma combinação: combustível sólido à base de plástico reciclado e oxigênio líquido como oxidante.

A vantagem dessa arquitetura é que ela elimina as turbobombas — uma das peças mais caras e complexas da engenharia aeroespacial —, o que reduz o custo do lançador em 40%. A desvantagem é que são motores menos versáteis e sem possibilidade de reutilização, algo que a PLD Space já planeja para versões futuras do Miura 5.

Imagem | HyPrSpace

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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