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NASA cancelou voo da Starliner contratado para 2025; SpaceX substituirá a Boeing

A SpaceX e a Boeing iriam dividir os voos da NASA para a Estação Espacial Internacional em 2025, mas agora ambos ficarão para a Crew Dragon

Nasa vai usar nave da SpaceX em vez da Boeing
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

A NASA anunciou que usará uma nave Crew Dragon da SpaceX para suas duas rotações de astronautas em 2025. Mas a SpaceX vem cuidando desses voos desde 2020, então, qual é a novidade? A questão é que um desses voos estava originalmente destinado à Starliner da Boeing.

O problema: a NASA esperava que a nave CST-100 Starliner da Boeing fosse certificada a tempo para uma missão rotineira em fevereiro de 2025. No entanto, problemas técnicos que surgiram durante seu primeiro voo tripulado à Estação Espacial Internacional atrasaram novamente sua certificação.

Como solução, a NASA antecipou a missão Crew-10 da SpaceX para fevereiro de 2025 para cobrir o primeiro voo operacional com astronautas da Boeing, batizado de Starliner-1.

Embora o Starliner-1 esteja agora virtualmente programado para agosto de 2025, a agência espacial não confia que a nave da Boeing ficará pronta a tempo para transportar os astronautas. Por isso, antecipou a missão Crew-11 da SpaceX para julho de 2025.

Crew-10 e Crew-11

A Crew-10 será uma missão rotineira de seis meses à Estação Espacial Internacional com dois astronautas americanos (Anne McClain, comandante, e Nichole Ayers, piloto), um astronauta japonês (Takuya Onishi) e um cosmonauta russo (Kirill Peskov).

A Crew-11 será a segunda missão rotineira de seis meses de 2025, compensando a missão que a Boeing não poderá cobrir. No entanto, ela estava prevista para 2026, então sua tripulação ainda não foi anunciada oficialmente.

Suni e Butch

Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, que subiram à Estação Espacial Internacional em uma nave Starliner como parte de uma missão de teste de 10 dias, continuam no espaço quatro meses depois.

Sua Starliner retornou vazia à Terra devido a problemas nos propulsores de manobra da nave da Boeing, então Suni e Butch agora fazem parte da tripulação principal da ISS. Eles voltarão à Terra em fevereiro de 2025 a bordo da nave Crew Dragon da missão Crew-9, que foi lançada com dois assentos livres para eles.

E a Boeing?

A NASA ainda precisa decidir se a nave Starliner precisará de outro voo de teste antes de ser certificada para missões operacionais. Os voos da Starliner foram adiados indefinidamente e estão aguardando essa decisão.

A Boeing não emitiu declarações, mas está revisando com a NASA os dados da missão de teste para entender o problema que atingiu os propulsores e os escapes de hélio da nave. Isso não é tarefa fácil, já que apenas a cápsula foi recuperada: o módulo de serviço, onde estava o sistema RCS polêmico, foi projetado para se queimar na atmosfera, como ocorre com o compartimento da Crew Dragon.

Duas naves são melhores que uma

O acordo de intercâmbio de assentos entre a NASA e a agência russa Roscosmos ainda não foi renovado e pode terminar em março de 2025, com o lançamento do astronauta Jonny Kim em uma cápsula Soyuz.

A partir desse momento, a nave Crew Dragon da SpaceX será a única opção dos Estados Unidos para chegar à órbita baixa terrestre até que a Starliner esteja pronta. Ter duas naves disponíveis é melhor do que ter uma, mas a Boeing está perdendo muito dinheiro no desenvolvimento da Starliner e não há mais margem para recuperá-lo nos cinco anos restantes de vida da Estação Espacial Internacional, especialmente se a NASA continuar a não tolerar qualquer risco. O futuro do programa é uma incógnita.

Imagem | SpaceX

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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