Kim Kardashian investigadora: o dia que a influencer desvendou o roubo de um artefato egípcio

Como uma foto glamourosa no tapete vermelho expôs um esquema milionário de tráfico de artefatos

Kim Kardashian ao lado de sarcófago. Créditos:  Instagram/landonnordeman
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Laura Vieira

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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Kim Kardashian é uma socialite que faz um  pouco de tudo: é empresária, influenciadora, estrela de reality show, aspirante a atriz  e, recentemente, até se formou em direito. Mas nenhuma dessas funções explica como ela acabou envolvida, mesmo sem querer, em um caso internacional envolvendo o roubo de um artefato egípcio multimilionário. E antes que pareça estranho, vale esclarecer que Kim não participou do crime (pelo contrário). Kim ajudou a desvendar esse mistério com apenas uma foto no tapete vermelho do Met Gala. A seguir, descubra como Kim Kardashian conseguiu ajudar a desvendar o tráfico internacional desse artefato egípcio saqueado.

Entenda como uma simples foto no Met Gala virou pista na investigação de tráfico de antiguidades

Durante o Met Gala de 2018, realizado no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, Kim Kardashian posou em frente a um sarcófago feito inteiramente de ouro. A imagem, que combinava o brilho do artefato com o do vestido da influenciadora, viralizou rapidamente nas redes sociais, mas também acabou chegando onde menos se esperava.

Entre as milhares de pessoas que viram a foto estava um dos criminosos envolvidos no roubo do objeto anos antes. E às vezes, a realidade consegue ser mais absurda do que a ficção: traído pelos próprios parceiros durante o roubo, o ladrão reconheceu a estátua e enviou a imagem anonimamente para o escritório de combate ao tráfico de antiguidades do Ministério Público de Nova York, junto com uma denúncia detalhando que a peça havia sido retirada ilegalmente do Egito e vendida ao museu com documentos falsificados. Para os investigadores, que já monitoravam uma quadrilha internacional, a foto foi o “empurrão” que faltava para solucionar o crime. 

Como a investigação desvendou a rota do contrabando e trouxe o sarcófago de volta?

A partir da foto, as autoridades reconstruíram todo o trajeto percorrido pelo artefato. Eles descobriram que o sarcófago foi saqueado no Egito em 2011 e contrabandeado para fora do país por meio de rotas ilegais que passavam pelo Oriente Médio e pelo Norte da África. De lá, seguiu para a Europa, onde foi restaurado e os documentos falsificados.

Com isso, o sarcófago acabou sendo vendido por US$4 milhões a um negociador europeu, que o repassou ao Metropolitan Museum of Art. O museu, acreditando na documentação apresentada, expôs a peça como uma aquisição importante para sua coleção.

Durante a investigação, especialistas confirmaram a origem do artefato e identificaram os detalhes que comprovavam o roubo. O Metropolitan Museum of Art colaborou com o processo e concordou em devolver o sarcófago ao Egito. O artefato foi oficialmente repatriado do museu em 2019.

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