Dia das mães reborn: Camara Municipal do Rio de Janeiro aprova data em homenagem às mães de bonecas ultrarrealistas

Dia da cegona reborn no Rio de Janeiro
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Igor Gomes

Subeditor

Subeditor do Xataka Brasil. Jornalista há 15 anos, já trabalhou em jornais diários, revistas semanais e podcasts. Quando criança, desmontava os brinquedos para tentar entender como eles funcionavam e nunca conseguia montar de volta.

Os bebês reborn estão em voga nas últimas semanas. Desde a publicação do documentário "Bebês reborn não choram", do jornalista Chico Barney, o assunto tem dividido opiniões nas redes sociais. Mas parece que a Câmara Municipal do Rio de Janeiro já decidiu de que lado está. Ontem, 7/5, os vereadores promulgaram a lei que estabelece o Dia da Cegonha Reborn. A data será comemorada todo 4 de setembro.

O termo "Cegonha Reborn" se refere às artesãs que criam esses bonecos. Geralmente eles são feitos por encomenda, e podem chegar a custar quase R$ 4 mil. Os bonecos podem ser comprados em lojas de departamento, mas quem compra com "cegonas" podem passar pela experiência de um "parto reborn".  A influenciadora Carolina Rossi chegou a simular um parto de boneca em seu instagram há três anos. Com a viralização do assunto, o vídeo ressurgiu e causou muita polêmica.

@sweetcarolyt

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♬ som original - Sweet Carol

Em entrevista ao site Veja Gente, a psicóloga Denise Milk explica que esses bonecos podem ser utilizados como ferramentas terapeuticas para mulheres que tenham perdido filhos bebês ou não podem engravidar. "Em muitos casos, há, sim, uma ligação simbólica com vivências de perda, carência afetiva ou até de traumas ligados à maternidade — seja pela ausência dela, pela dificuldade em exercê-la ou pelo desejonão realizado. O vínculo com o boneco funciona, para algumas pessoas, como um mecanismo psíquico de reorganização", afirmou.

Essa possíbilidade terapêutica é uma das justificativas que o vereador Vitor Hugo (MDB) utiliza para basear a lei em tramitação. "Há ainda, relatos de casos em que são utilizados como terapia por Psicólogos, para o restabelecimento de lutos e outros traumas. Nos casos de falecimento de um filho recém-nascido, o bebê reborn é utilizado por um curto período, sempre sob orientação profissional, auxiliando no processo de recomposição da mãe ou o pai enlutado". 

Depois de seraprovada na Câmara, a lei aguarda será analisada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). Ele pode vetá-la ou promulgá-la, fazendo com que ela entre em vigor.  

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