Na madrugada desta terça-feira (25/11), a Ucrânia lançou uma série de ataques com drones contra instalações petrolíferas russas no Mar Negro, atingindo um terminal de exportação no porto de Novorossiysk e uma refinaria na região de Krasnodar. O ataque provocou a interrupção temporária dos carregamentos em um dos terminais mais importantes da região, mas as operações foram retomadas poucas horas depois. Segundo informações divulgadas pela Ucrânia no Telegram, aeronaves, refinarias de petróleo e cinco edifícios residenciais na região de Krasnodar foram atingidas no ataque. Os alvos indicam que o ataque visava tinha por objetivo impactar a logística de combustíveis e enfraquecer o poder econômico e energético russo.
Ataque impactou o fornecimento de petróleo e as exportações foram interrompidas
O terminal atingido pelos drones ucranianos são importantes na rota de exportação de petróleo bruto, não apenas da Rússia, mas também do Cazaquistão, com destino a mercados internacionais na Europa e Ásia, uma operação coordenada pelo operado pelo Consórcio do Oleoduto Cáspio (CPC). Após o ataque, o consórcio suspendeu temporariamente os carregamentos de petróleo, embora tenha retomado as operações horas depois.
A paralisação das atividades coloca em risco os planos de exportação para o mês de novembro. Fontes da indústria relataram que, devido às interrupções causadas por ataques de drones, a meta de exportação do mês pode não ser alcançada. O caso chamou atenção de outras potências globais, já que ataques a portos ou terminais que movimentam milhões de barris por dia podem provocar o aumento nos preços do petróleo e gerar incerteza no mercado internacional de energia.
O uso de drones estratégicos é uma nova tática na guerra
O ataque da última terça-feira faz parte de uma campanha mais ampla da Ucrânia para atingir a infraestrutura de petróleo e energia russa no Mar Negro e em outros localizidades. Para isso, as forças ucranianas têm utilizado drones de longo alcance e sistemas de ataque de alta precisão.
E é claro que os alvos dos ataques não são à toa. Ao atacar terminais de exportação e refinarias, a Ucrânia tenta atingir o financiamento russo a capacidade russa de financiar a guerra por meio da venda de petróleo e combustíveis.A escolha de drones como tática de guerra também não é por acaso, já que ele reduz o risco para as tropas e potencializa o impacto com danos relativamente precisos e profundos.
O problema é que os ataques têm provocado danos não planejados: autoridades locais na região de Krasnodar informaram que destroços de drones atingiram edifícios residenciais, causando incêndios, ferimentos em civis e medo na população local. Esse padrão de ataques demonstra uma mudança na estratégia de conflito, que deixou de ser focada apenas em alvos militares, mas também em infraestruturas cruciais de energia.
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