Tendências do dia

Anfitriã de Airbnb recebe conta de energia elétrica com valor exorbitante e acusa hóspedes de minerar criptomoedas

  • Uma anfitriã contou em sua conta do Instagram como se viu com uma conta de US$ 1.500 após a estadia de três semanas de seus inquilinos

  • Ele acabou adicionando uma regra que proíbe a mineração de criptomoedas em seu apartamento

Hospedes Usaram Airbnb Para Mineirar Criptomoedas E Isso Disparou A Conta De Luz Da Anfitria
Sem comentários Facebook Twitter Flipboard E-mail
pedro-mota

PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

Uma anfitriã de um apartamento do Airbnb postou recentemente vídeo em sua conta do TikTok, alegando que alguns inquilinos que passaram três semanas no local usaram tanta eletricidade que a conta que acabou chegando foi enorme. O motivo, ela diz no vídeo, foi a mineração de criptomoedas.

1.500 dólares de eletricidade

Após a estadia, os hóspedes que alugaram o apartamento deixaram uma avaliação perfeita de cinco estrelas para a experiência. Mas o que eles também deixaram foi uma conta de luz no valor de 1.500 dólares. Como eles gastaram tanta energia?

@built.with.class

Weird airbnb rules #airbnb #airbnbsuperhost #airbnbhost #crypto #electricvehicle #airbnbtips

♬ original sound - Ashley| TT Finds & Home Design

Mineração de criptomoedas

A anfitriã, chamada Ashley, afirma no vídeo que, após consultar as câmeras de segurança externas da vizinhança, viu como os inquilinos moveram pelo menos 10 computadores quando saíram de lá, o que, segundo ela, é uma prova clara de que eles estavam minerando criptomoedas.

Aproveitando, carregue o Tesla

Segundo ela, eles também aproveitaram para instalar um ponto de carregamento Tesla conectado à fonte de alimentação de seu apartamento e assim poder carregar seu veículo elétrico.

Comentario Tiktok Neste comentário em resposta a outro usuário, o criador e apresentador do vídeo, Ashley, afirma que os inquilinos confessaram ter gerado US$ 100 mil com a mineração de criptomoedas.

Os inquilinos confessam, diz a anfitriã

Ashley registrou uma reclamação na plataforma e exigiu que os inquilinos pagassem aquela conta de luz. Após fornecer a documentação, ela garante nos comentários do vídeo do TikTok que conseguiu falar com seus inquilinos, que teriam confessado que de fato haviam minerado criptomoedas, o que lhes permitiu ganhar US$ 100 mil durante a estadia.

Difícil de acreditar

Pode ser que os inquilinos tenham de fato aproveitado a eletricidade da casa para minerar criptomoedas, mas o difícil é acreditar que eles conseguiram ganhar essa quantia em apenas três semanas e com esse consumo de eletricidade. No Reddit, vários usuários explicam que uma plataforma de mineração com 10 placas de vídeo GeForce RTX 4090 alcançaria uma renda de cerca de US$ 100 por dia, de acordo com whattomine.com. Em um mês, eles poderiam, portanto, obter cerca de 2,1 mil dólares, não 100 mil.

Nem mesmo com ASICs

Não é possível minerar bitcoin com gráficos convencionais, mas é possível minerar algumas criptomoedas. Se tivessem minerado bitcoin, precisariam de máquinas especiais, ASICs como o Bitmain S21 que alcança uma renda de cerca de 8,7 dólares por dia. Os números não batem com o consumo de eletricidade: seria preciso gastar muito mais para alcançar uma renda como a que a anfitriã garante que eles conseguiram.

Nova regra: sem mineração

Seja como for, a situação fez com que Ashley introduzisse duas novas regras se alguém quisesse alugar seu apartamento. A primeira é não carregar veículos elétricos. A segunda é não minerar criptomoedas.

Mineração busca eletricidade gratuita (ou muito barata)

Como mencionado, o consumo de energia necessário para mineração de criptomoedas é muito alto, apesar de que há anos esse tipo de atividade é realizada em grandes fazendas de mineração bem preparadas, tanto em máquinas, quanto em refrigeração. A busca por cidades e países com eletricidade barata fez com que essas atividades migrassem. Algumas cidades e países se tornaram "paraísos" para os mineradores por um tempo, mas aos poucos todos foram impondo limites ou, diretamente, proibindo a mineração de criptomoedas.

Inicio