China embarca na onda da Coreia do Sul e dos EUA com "adeus" que define rumo das memórias RAM

Asiáticos convidam empresas a abandonar produção de chips DDR4

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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

O roteiro tecnológico da China é marcado pela intenção de ultrapassar os Estados Unidos em determinados setores. Dessa forma, poderíamos citar alguns dos exemplos mais recentes que comprovam as intenções das empresas chinesas, com o plano de construir um supercomputador no espaço apenas como ponta desse iceberg. Portanto, embora seja uma decisão inesperada, ninguém se surpreendeu com o fato de a China estar convidando seus principais fabricantes a abandonar o DDR4 em favor de outras tecnologias.

Como aponta o TechSpot, a China quer priorizar a produção de tecnologias como DDR5 ou HBM. Dessa forma, a CXMT (ChangXin Memory Technologies) deixará de produzir DDR4 em meados de 2026, uma decisão motivada por suposta pressão estatal. Ironicamente, a empresa asiática começou a produzir esse padrão há apenas um ano, mas decidiu mudar de rumo para concentrar seus interesses em tecnologias mais avançadas. E ela não estará sozinha nessa corrida.

Coreia do Sul e Estados Unidos também seguirão o exemplo

A Samsung, gigante do setor de chips sul-coreano e arquiteta de um futuro celular tão exclusivo que só poderá ser adquirido em dois países, é outra das empresas que confirmou sua intenção de abandonar a tecnologia DDR4 este ano. Tanto ela quanto a SK Hynx (outra gigante sul-coreana) e a Micron (uma das maiores empresas de chips dos Estados Unidos) farão o mesmo não apenas com o DDR4, mas também com o DDR3, um padrão cada vez menos utilizado.

A intenção da China é que suas principais empresas liderem o desenvolvimento de infraestrutura tecnológica para inteligência artificial. Dessa forma, o país tem focado tanto em IA quanto em computação em nuvem, situação que pode levar a CXMT a anunciar oficialmente o fim do DDR4 em algum momento do terceiro trimestre de 2025. Como esperado, essa redução no fornecimento levou ao aumento de alguns chips de 8 GB com DDR4, situação que levou a aumentos de até 150%.

No entanto, a China enfrenta um grande desafio tecnológico se quiser impulsionar esse setor: a estabilidade dos chips DDR5. No momento, a produção dos chips DDR5 da CXMT apresenta problemas em temperaturas acima de 60 °C, enquanto as unidades da Samsung são capazes de ultrapassar 85 °C sem problemas. Assim, será necessário resolver problemas de desempenho e confiabilidade, mas, apesar disso, o fim do DDR4 parece iminente, razão pela qual se espera uma adoção generalizada do DDR5 nos próximos anos.

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